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GRIFO

Gyps fulvus

BIOMETRIAS

Comprimento 95-105 cm

Envergadura 240-280 cm

Peso 6 a 11 kg

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Identificação

 

É uma ave de grande porte. Tem uma plumagem bicolor (castanho e castanho bastante escuro), com cauda e plumas de voo escuras. Em voo, a cauda, arredondada, e a cabeça apresentam-se curtas. Apresenta movimentos geralmente lentos e passa grande parte do tempo a planar. Quando bate as asas, estas tocam-se por baixo do corpo, num movimento lento.

Onde ocorre

 

A maior parte da população de grifos em Portugal está situada nos vales dos rios Douro e Tejo (troço internacional) e dos seus afluentes, havendo também casais na Serra de São Mamede e na zona de Barrancos, no Alentejo. O grifo é uma espécie residente e os juvenis podem fazer movimentos migratórios.

Onde vive

 

Esta ave gosta de viver sobretudo em regiões abertas com poucas ou nenhumas árvores. Habita em planícies, montanhas ou planaltos montanhosos com escarpas, evitando florestas e áreas com muita vegetação.

O que come

 

O grifo alimenta-se das partes moles de cadáveres, nomeadamente das vísceras e dos músculos, por exemplo, e aproveita os cadáveres inteiros de mamíferos de média e grande dimensão. Devido ao seu longo pescoço, consegue alcançar com facilidade o interior das carcaças dos animais para se alimentar.

O grifo depende dos habitats associados às áreas agro-silvo-pastoris, onde se alimenta dos cadáveres do gado ou da fauna selvagem.

Esta espécie de abutre utiliza um sistema cooperativo de procura de alimento, no qual cada um dos indivíduos sobrevoa uma vasta área para identificar a existência de um cadáver que, quando é encontrado, serve de alimento ao conjunto de animais sendo que, desta forma, todos os indivíduos são recompensados pelo seu esforço coletivo.

Como vive

 

O grifo é uma espécie que se reproduz em colónias e que nidifica sobretudo em escarpas rochosas de grandes dimensões e, muito raramente, em árvores, onde ocasionalmente ocupa ninhos de abutres-pretos. Os seus ninhos, feitos sobretudo nas saliências ou pequenas cavernas nas escarpas, podem ser reutilizados em anos sucessivos. 

No período de reprodução, o grifo movimenta-se num raio de 80km à volta do local de nidificação e, no período não reprodutivo, a sua área de deslocação é bastante maior.

Os grifos são muito sociais quando comparados com outras espécies de abutres. É, desta forma, uma espécie gregária, ou seja, que vive em grupo.

Em determinadas situações, o grifo pode constituir uma ameaça para outras aves rupícolas de menor porte, uma vez que ocupa ninhos antes da chegada das aves migradoras ou antes do início do período reprodutor de aves residentes.

Estatuto de conservação e ameaças

Em Portugal, esta espécie está classificada como “Quase Ameaçada”. A utilização de iscos envenenados, a redução da disponibilidade de alimentos, a diminuição do aproveitamento pecuário extensivo, a perturbação humana, a eletrocussão, a degradação dos habitats, a perseguição humana e a instalação de parques eólicos são as principais ameaças para esta espécie.

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